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Segurança de dados e a ANPD: O guia definitivo para proteger sua empresa

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LGPD
Atualizado: 6 de Agosto de 2025
Tempo de leitura: 6 min.

Segurança de dados e a ANPD: O guia definitivo para proteger sua empresa

Você já parou para pensar no que acontece com os dados dos seus clientes depois que eles chegam até você? Nome, e-mail, CPF, telefone, localização, preferências… Cada uma dessas informações tem valor. E proteger esses dados não é apenas uma questão ética, é uma exigência legal.

Em um cenário onde a informação é o novo ouro, cuidar da privacidade dos seus clientes deixou de ser um diferencial e passou a ser uma obrigação. Neste artigo, a InHands vai direto ao ponto: o que a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) espera de você e quais medidas de segurança a sua empresa precisa adotar para estar em conformidade com a LGPD.

Prepare-se para um guia completo, prático e sem juridiquês.

Por que a segurança de dados é um assunto tão sério?

Imagine entregar as chaves da sua casa a um desconhecido e simplesmente torcer para que nada aconteça. Parece irresponsável, certo? É exatamente o que acontece quando empresas negligenciam os dados pessoais que recebem.

Segurança de dados não se resume a instalar antivírus. Trata-se de proteger as informações desde o momento da coleta até a sua exclusão definitiva. Se você lida com qualquer tipo de dado pessoal, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) exigem que você implemente medidas técnicas e administrativas para garantir essa proteção.

O que diz a LGPD sobre segurança?

O artigo 46 da LGPD é claro:

“Os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas.”

Isso significa que a responsabilidade é sua, como controlador ou operador dos dados. Mas afinal, quais medidas são essas?

É aqui que a ANPD entra em cena, trazendo diretrizes objetivas sobre o que se espera de cada empresa, independentemente do seu porte.

Medidas de segurança segundo a ANPD

A ANPD publicou o Guia de Segurança da Informação para Agentes de Pequeno Porte, que serve como base para empresas de todos os tamanhos. A seguir, vamos explicar essas medidas de forma simples e aplicável:

1. Governança e gestão de segurança da informação

Tecnologia sem cultura de proteção é ineficaz. O compromisso com a segurança precisa começar na gestão.

Como fazer:

  • Nomeie um responsável pela proteção de dados (DPO/Encarregado).
  • Crie e divulgue a Política de Segurança da Informação.
  • Realize treinamentos periódicos com sua equipe.

Dica: Reuniões curtas mensais sobre segurança digital são mais eficazes do que treinamentos longos e esporádicos.

2. Controle de acesso

Nem todo colaborador precisa acessar todos os dados. O princípio é: acesso mínimo necessário.

Como fazer:

  • Estabeleça níveis de acesso.
  • Utilize autenticação em dois fatores (2FA).
  • Revogue acessos imediatamente em desligamentos.

Exemplo: Um designer gráfico não precisa ter acesso ao CPF dos clientes.

3. Proteção contra softwares maliciosos (malwares)

Um clique errado pode custar caro. O sequestro de dados (ransomware) é uma das maiores ameaças atuais.

Como fazer:

  • Mantenha sistemas e softwares sempre atualizados.
  • Utilize antivírus confiáveis e atualizados.
  • Oriente a equipe a não abrir links ou anexos suspeitos.

Dica: Ferramentas gratuitas como VirusTotal ajudam a checar arquivos e links antes de abri-los.

4. Criptografia de dados

Criptografia garante que, mesmo em caso de vazamento, os dados não sejam compreendidos por terceiros.

Como fazer:

  • Utilize HTTPS em seu site.
  • Armazene senhas de forma criptografada (bcrypt, SHA-256).
  • Prefira soluções que ofereçam criptografia nativa.

Alerta: Nunca armazene senhas em texto simples. Isso é um convite ao desastre.

5. Backup e recuperação de dados

Acidentes acontecem. O que diferencia empresas seguras das vulneráveis é a capacidade de reação.

Como fazer:

  • Faça backups automáticos e regulares.
  • Armazene cópias em locais distintos (cloud + físico).
  • Teste a recuperação dos backups periodicamente.

Dica: Backup que nunca foi testado não é backup, é uma aposta.

6. Auditoria e rastreabilidade

Saber “quem fez o quê e quando” é essencial para prevenir e remediar incidentes.

Como fazer:

  • Mantenha logs de acessos e alterações.
  • Use sistemas que permitam rastrear ações internas.
  • Analise esses registros com regularidade.

7. Atualizações e correções de segurança

Brechas conhecidas em sistemas desatualizados são as portas de entrada preferidas dos hackers.

Como fazer:

  • Mantenha sistemas, plugins e softwares sempre atualizados.
  • Evite ferramentas piratas ou sem suporte.
  • Defina um responsável técnico (interno ou terceirizado) para essa gestão.

E as empresas de pequeno porte? Existe flexibilização?

Sim, a ANPD reconhece as particularidades de pequenas empresas, startups, ONGs e MEIs. O Tratamento Diferenciado para Agentes de Pequeno Porte prevê simplificações, como:

  • Políticas de segurança mais enxutas.
  • Redução de formalidades no registro de atividades.
  • Adoção de medidas proporcionais ao volume e sensibilidade dos dados.

Mas atenção: essa flexibilização não é isenção de responsabilidade. Você continua obrigado a garantir:

  • A segurança dos dados.
  • O respeito aos direitos dos titulares.
  • A responsabilização em caso de incidentes.

Dica de ouro: Documente tudo. Mesmo medidas simples devem estar registradas.

O que acontece se eu não me adequar?

As sanções previstas na LGPD podem ser pesadas:

  • Advertência;
  • Multas de até 2% do faturamento anual (limitadas a R$ 50 milhões);
  • Multas diárias;
  • Publicização da infração (prejuízo de imagem);
  • Bloqueio ou exclusão dos dados envolvidos;
  • Suspensão das atividades de tratamento de dados.

Para startups e PMEs em fase de crescimento, o impacto pode ser fatal, tanto financeiramente quanto para a reputação da marca.

Checklist: Sua empresa está protegida?

Faça um diagnóstico rápido agora mesmo:

[ ] Tenho uma política de segurança de dados?
[ ] Minha equipe recebeu treinamentos?
[ ] Utilizo senhas fortes e autenticação em dois fatores (2FA)?
[ ] Realizo backups periódicos e testados?
[ ] Meus sistemas estão atualizados?
[ ] Registro e analiso logs de acesso?
[ ] Meus dados sensíveis estão criptografados?

Se você marcou menos de 5 desses itens, é hora de agir.

Conclusão: segurança de dados é gestão inteligente

A proteção de dados não é apenas uma exigência legal; é uma estratégia inteligente de gestão, reputação e competitividade.

Empresas que tratam a segurança de dados como prioridade demonstram respeito ao cliente, responsabilidade social e visão de futuro. Isso se reflete na confiança do mercado, na fidelização de clientes e até na valorização do negócio em processos de investimento ou venda.

A ANPD dá as diretrizes. Mas a responsabilidade de transformar compliance em diferencial competitivo é sua.

Se você quer transformar segurança de dados em um ativo estratégico para sua empresa, a InHands está pronta para te orientar com soluções jurídicas modernas, práticas e sem complicação.

Vamos proteger o seu negócio? Fale com a gente.

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