Ninguém espera por isso, mas acontece. Um oficial de justiça, uma notificação no e-mail ou até aquela citação inesperada no Diário Oficial. Pronto, você foi processado.
O que você faz nos primeiros momentos pode ser a diferença entre uma solução rápida e um problemão. O que não fazer? Ignorar, achar que é “só um susto”, ou tentar resolver por conta própria. Agora é hora de agir de forma inteligente.
Vamos por partes.
Entenda o que você recebeu
O primeiro passo é identificar exatamente que tipo de documento chegou até você.
Nem todo documento significa um processo judicial aberto, então a primeira coisa é entender o que caiu na sua mão. As principais possibilidades são:
- Citação: Documento oficial informando que você está sendo processado e precisa se manifestar.
- Intimação: Comunicação para acompanhar ou participar de atos processuais (como audiências ou prazos de manifestação).
- Notificação extrajudicial: Tentativa de resolver um conflito antes de levar o caso à Justiça.
Importante: Citação é o documento que formaliza a existência do processo contra você. A partir dela, os prazos legais começam a contar.
Atenção aos prazos
A contagem de prazos processuais é técnica e não admite erros. Perder um prazo pode te deixar em situação de revelia (ser julgado sem defesa).
Dica: O ideal é procurar orientação jurídica no mesmo dia em que receber a citação. Quanto mais cedo, mais tempo para análise e estratégia.
Não tente resolver sozinho
Responder um processo sem suporte jurídico especializado é um dos erros mais graves que um empreendedor ou empresário pode cometer.
Não subestime a situação, mesmo que pareça simples. Uma contestação mal formulada pode piorar a situação ou gerar condenações desnecessárias. Processos judiciais envolvem estratégia, análise jurídica e prazos rígidos.
Fuja do impulso de enviar respostas “educadas” direto para o juiz ou para a outra parte. Processo não aceita improviso.
Atenção: Em ações de valor superior a 20 salários-mínimos ou em causas na Justiça Comum, a presença de advogado é obrigatória.
Junte provas: organize todas as informações e documentos
Antes de conversar com seu advogado, separe tudo o que pode ser relevante para a defesa:
- Documentos (contratos, e-mails, notas fiscais).
- Prints ou registros de conversas (WhatsApp, e-mail, etc.).
- Dados financeiros relacionados (pagamentos, extratos).
- Nome de testemunhas, se houver.
Dica de ouro: Informações claras e bem organizadas agilizam a análise jurídica e aumentam as chances de montar uma defesa sólida. O que mais prejudica a defesa é o cliente que só descobre documentos em cima da hora. Antecipe tudo.
Avalie possibilidades de acordo (quando for estratégico)
Nem todo processo precisa ir até o fim. Muita gente acha que “propor acordo” é sinônimo de “estar errado”. Ledo engano. Processos são caros, demorados e imprevisíveis. Em muitos casos, buscar um acordo é a saída mais inteligente, desde que seja uma decisão estratégica e bem calculada.
Seu advogado vai ajudar a analisar:
- Quais riscos reais você corre no processo.
- Quanto tempo e custo estão envolvidos.
- Qual o impacto de um acordo bem conduzido para sua empresa (inclusive em imagem).
Um acordo bem-feito pode economizar tempo, dinheiro e preservar a imagem da empresa.
Importante: Nunca faça acordos precipitados sem entender as implicações jurídicas.
DICA: Se a parte contrária propôs um acordo, nunca aceite sem analisar as cláusulas. Um detalhe mal redigido pode virar um problemão depois.
Prepare-se para as próximas etapas
Processo é maratona, Não sprint. Com a defesa protocolada, o processo seguirá seu curso. Prepare-se para:
- Fase de instrução (provas, perícias, testemunhas);
- Audiências de conciliação e instrução;
- Sentença;
- E, eventualmente, recursos.
Cada etapa tem seu tempo, sua estratégia e suas particularidades. É um jogo de longo prazo. O segredo é ter um profissional ao seu lado que jogue o jogo pensando 5 casas à frente.
O Processo Acabou. O Que Eu Aprendi?
Receber um processo pode ser um momento de aprendizado valioso. Aproveite para revisar e corrigir procedimentos internos:
- O que poderia ter evitado o processo?
- Alguma cláusula contratual poderia ter blindado a empresa? Revise contratos e termos de uso.
- Estruture uma política clara de atendimento ao cliente.
- Mantenha uma boa gestão documental (provas são vitais em qualquer litígio).
- Faltaram políticas internas para prevenir conflitos? Implemente boas práticas de compliance e governança.
Conclusão: processo é gestão de risco, não desespero
Processo judicial é uma questão de gestão de risco. Com orientação certa, você consegue transformar uma situação de ameaça em um controle de dano e até em oportunidade de melhoria. E acredite: o mercado valoriza empresas que sabem lidar com adversidades de forma profissional e ética.
Na InHands, ajudamos negócios a atravessar processos judiciais com estratégia, segurança e foco no que realmente importa: proteger sua empresa e construir soluções inteligentes.
Recebeu um processo? Não responda sem falar com a InHands. Vamos transformar risco em estratégia.
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