Empreender sozinho é um ato de coragem. É colocar uma ideia no mundo, assumir riscos e transformar sonhos em resultados sem depender de ninguém para começar.
Mas quando chega a hora de formalizar o negócio, surgem as dúvidas: “Posso abrir uma empresa só comigo?”, “Preciso de um sócio para ter CNPJ?”, “Qual o tipo de empresa mais indicado para quem empreende sozinho?”
Se essas perguntas passam pela sua cabeça, aqui você vai entender tudo sobre a Sociedade Limitada Unipessoal ou SLU, um tipo empresarial criado especificamente para quem quer empreender de forma individual, com proteção jurídica e credibilidade empresarial.
O que é uma SLU?
A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma empresa formada por apenas um sócio, criada pela Lei da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/2019). Ela surgiu para oferecer uma alternativa moderna e segura a quem deseja empreender sozinho, mas sem misturar o patrimônio pessoal com o da empresa.
Antes da criação da SLU, quem queria abrir um negócio individual contava com opções limitadas e, muitas vezes, pouco vantajosas. A principal delas era o Empresário Individual, modelo em que o empreendedor atua em nome próprio e não possui separação entre os bens pessoais e empresariais, ou seja, em caso de dívidas, o patrimônio particular pode ser comprometido.
Além disso, havia também a EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), que garantia proteção patrimonial, mas exigia um capital social mínimo de 100 salários mínimos, o que tornava o formato inacessível para a maioria dos empreendedores.
É importante lembrar que o MEI (Microempreendedor Individual), tão popular no Brasil, também é uma forma de Empresário Individual, mas com um regime tributário simplificado e limite de faturamento reduzido. Ele é ideal para quem está começando, mas tem restrições de atividade e de crescimento.
Então, para quem empreende sozinho, a SLU reúne o melhor dos dois mundos: a simplicidade do CNPJ individual e a segurança jurídica de uma empresa limitada.
Por que a SLU é tão importante para quem empreende sozinho
Empreender sozinho não significa estar desamparado. A SLU foi criada para dar segurança jurídica e estrutura, representando o amadurecimento do empreendedorismo individual no Brasil e reconhecendo que muitos negócios nascem de uma única pessoa, mas com grande potencial de crescimento.
Veja alguns dos principais motivos pelos quais a SLU é o melhor formato para quem empreende sozinho:
- Proteção patrimonial: seu CPF não responde pelas dívidas da empresa.
- Sem sócio “fictício”: acabou a necessidade de incluir alguém só para formalizar a empresa.
- Mais oportunidades comerciais: muitas empresas e órgãos públicos só contratam pessoas jurídicas.
- Flexibilidade fiscal: permite escolher o regime tributário mais vantajoso.
- Profissionalização: você passa a ter um contrato social, CNPJ e estrutura empresarial sólida.
Quem pode abrir uma SLU
Assim como em outros tipos empresariais, qualquer pessoa física maior de 18 anos (ou emancipada) pode constituir uma empresa, inclusive uma Sociedade Limitada Unipessoal (SLU). O que diferencia esse formato não é quem pode abrir, mas como o negócio é estruturado: com apenas um sócio e responsabilidade limitada ao capital social, garantindo mais proteção e credibilidade para quem atua de forma individual.
Não há exigência de capital mínimo, profissão específica ou autorização prévia, salvo nos casos em que a atividade exige registro em conselho de classe profissional, como a OAB, o CREA ou o CRMV.
A SLU é especialmente vantajosa para profissionais liberais, prestadores de serviços, freelancers, criadores de conteúdo, donos de e-commerce e fundadores de startups em estágio inicial que desejam formalizar suas atividades de forma segura, sem precisar de um sócio.
SLU x MEI x Empresário Individual x LTDA
Muitos empreendedores se confundem entre esses tipos de empresa. A tabela abaixo mostra as principais diferenças:

Ao escolher o tipo de empresa mais adequado, também é importante entender que cada modelo pode se enquadrar em diferentes regimes tributários, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real.
Esses regimes determinam a forma como os impostos serão calculados e pagos, influenciando diretamente o custo e a rentabilidade do negócio. Por isso, a definição do enquadramento tributário deve ser feita com apoio de uma assessoria contábil e jurídica, garantindo que a empresa aproveite os benefícios legais disponíveis e mantenha conformidade fiscal desde o início.
Passo a passo para abrir uma SLU
Abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal é um processo simples, especialmente com o suporte de uma assessoria especializada. De forma resumida, o empreendedor define o nome e a atividade da empresa (CNAE), escolhe o endereço comercial, elabora o contrato social e realiza o registro na Junta Comercial para, em seguida, obter o CNPJ na Receita Federal.
Será necessário o registro em órgãos municipais e/ou estaduais, além da solicitação de licenças e alvarás específicos, dependendo da atividade. Por fim, é feita a escolha do regime tributário, a abertura da conta bancária PJ e a organização da rotina fiscal e jurídica para que a empresa comece a operar de forma regular e segura.
Custos e obrigações da SLU
Como qualquer empresa, a SLU possui algumas obrigações formais e custos operacionais, como taxas de registro, honorários contábeis, tributos mensais e eventuais licenças ou alvarás. No entanto, os benefícios compensam amplamente esses investimentos: ao formalizar a atividade, o empreendedor passa a contar com CNPJ para emissão de notas fiscais, acesso facilitado a crédito bancário, possibilidade de firmar contratos e parcerias comerciais e uma imagem mais sólida e confiável perante o mercado.
SLU e proteção do patrimônio pessoal
Um dos maiores atrativos da SLU é a separação entre o patrimônio pessoal e o da empresa.
Ou seja, se a empresa contrair dívidas, seus bens pessoais como casa, carro ou poupança não poderão ser usados para quitar obrigações empresariais. Esse princípio é conhecido como responsabilidade limitada. Na prática, significa que você só responde até o valor do capital social declarado no contrato.
Exemplo: Se a sua SLU tem capital social de R$ 10.000,00, esse é o limite da sua responsabilidade.
Essa blindagem protege o empreendedor de imprevistos e dá mais tranquilidade para crescer.
Erros comuns ao abrir uma SLU (e como evitá-los)
Mesmo com toda a simplicidade do processo, alguns deslizes podem comprometer o sucesso da sua SLU. É comum, por exemplo, escolher o CNAE inadequado para a atividade, o que pode gerar problemas fiscais e limitações tributárias.
Outro erro recorrente é deixar o contrato social incompleto, abrindo brechas jurídicas que poderiam ser facilmente evitadas com orientação especializada. Muitos empreendedores também misturam as contas pessoais com as da empresa, anulando a proteção patrimonial, ou negligenciam o pagamento de tributos, o que pode levar à suspensão do CNPJ.
Dica extra: registre sua marca junto com a SLU
Abrir seu CNPJ é o primeiro passo, mas se você quer proteger o nome e a identidade do seu negócio, o registro de marca é indispensável. Sem ele, qualquer pessoa pode registrar o mesmo nome e até impedir você de usá-lo.
Por isso, se você ainda não realizou o registro da sua marca antes da formalização do CNPJ, recomendamos que o registro de marca no INPI seja feito em conjunto com a abertura da empresa.
Quem empreende sozinho, merece segurança para crescer
Empreender sozinho é uma das formas mais puras de coragem. É acreditar na própria visão, assumir responsabilidades e fazer o que muitos apenas sonham. Mas coragem, sozinha, não basta é preciso estrutura, proteção e estratégia.
E com a InHands, essa jornada fica mais simples do que nunca.
Ao abrir sua SLU conosco, o empreendedor conta com assessoria jurídica especializada, elaboração personalizada do contrato social, registro completo da empresa e ainda pode contar com suporte na proteção da marca junto ao INPI, tudo isso online e sem burocracia, para que você possa focar no que realmente importa: fazer o seu negócio crescer com segurança e clareza.
Empreender sozinho não é estar sozinho 🧡

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